Sábado, 14 de Novembro de 2009
Empresas descontentes com EDP- Cortes de energia constantes provocam prejuízos avultados

Empresas descontentes com EDP- Cortes de energia constantes provocam prejuízos avultados

"A EDP vale-se do facto de ter o monopólio para deixar andar”. A acusação é de um empresário da área dos plásticos cuja empresa foi a semana passada, uma vez mais, afectada por falhas de electricidade.

 

Situada na Carreira d´Água, Barosa, é uma das muitas que sofrem com este problema, que afecta ainda unidades situadas em vários outros pontos da região. Os empresários sentem-se revoltados com a falta de atenção daquela empresa, que acusam de não investir na rede. E já há quem tencione organizar um movimento para pressionar a EDP Distribuição a resolver os problemas.

Além do tempo de trabalho desperdiçado, aquele empresário aponta como resultados dos cortes o atraso na entrega das encomendas. “O que é grave é que as falhas não são esporádicas, mas constantes”, aponta. Sente-se particularmente indignado porque investiu num ramal, mas não pode contar com um fornecimento de qualidade. “Investimos para a EDP nos fornecer um serviço que só fornece de vez em quando.” Há tempos conseguiu que lhe fossem pagos os prejuízos directos da avaria de máquinas, mas o resto (quebra na produtividade, atraso nas encomendas) fica normalmente de fora destas indemnizações.

Isto é inconcebível nos tempos de hoje”. O desabafo é de um representante da Parcigraf, também da Barosa, que sexta-feira passada esteve sem electricidade quase todo o dia. “Isto tem custos. É a matéria-prima que se perde e as máquinas que se estragam”, diz Carlos Santos, estimando em mais de 7500 euros os prejuízos. “Nunca se consegue falar com ninguém [da EDP], nem há quem assuma as responsabilidades”, lamenta, acusando a empresa de “falta de investimento na rede”.

Vivemos num País de terceiro mundo, onde basta chover para falhar a electricidade”, diz Paulo Sousa. Para o gerente da Fastooling, a situação “é bastante grave” e prejudica fortemente as empresas. A que dirige tem prejuízos estimados em 30 mil euros por ano devido às falhas de electricidade.

 

Má imagem do País”

A estes custos directos juntam-se outros, eventualmente mais difíceis de quantificar, como a “má imagem do País”. Nuno Cipriano refere-se nomeadamente ao impacto da situação junto de clientes estrangeiros que visitam a MD Plastics. Explica que basta uma falha de segundos para obrigar a arrancar com todas as máquinas de novo, o que se traduz em “prejuízos muito avultados”. Além dos custos decorrentes da paragem dos operários. “Há uns anos, depois de duas horas às escuras, os funcionários ligaram-me de madrugada e tive de mandá-los para casa”, explica.

A situação repete-se há anos e a EDP sabe disso. Não sei se não resolve por incapacidade técnica ou porque, simplesmente, tem o monopólio [da distribuição]”, desabafa Nuno Cipriano. Para o responsável, colocar um gerador não é solução, porque implica enormes custos. “Não podemos colocar em causa a rentabilidade da empresa para solucionar um problema que é do fornecedor”, entende. “Há alternativa de fornecedor, mas a rede é a mesma”, diz. Quase todos os empresários ouvidos concordam que mudar de fornecedor teria apenas como consequência a “alteração do cabeçalho da factura”, sem que os problemas terminassem.

Também a Mastermatic é prejudicada com os cortes. Sexta--feira tinha nas instalações um técnico externo, “que teve de ficar parado”. Afectada é igualmente a Sarraipa, “que já reclamou, mas a resposta da EDP foi o silêncio”. Para Paulo Sarraipa, a distribuidora de electricidade “presta um mau serviço”, o que tem custos. No seu caso, esses custos prendem-se com o facto de usar um dos geradores que deveria vender (a empresa comercializa equipamentos), avaliado em 100 mil euros.

 

Tudo na mesma”

A Moita, na Marinha Grande, é outra das localidades regularmente afectadas. “Somos prejudicados em relação a outras empresas”, aponta João Freitas. O gerente de produção da PSI lamenta que a EDP não dê justificações sobre o problema nem o resolva, pelo que tenciona apurar o montante dos prejuízos das empresas daquela zona e convidar os empresários a unirem-se para pressionar o fornecedor. “Ou há justificações ou no próximo corte teremos de pedir indemnização.”

Está tudo na mesma”, garante Paulo Santos, da Favicri, empresa da Martingança que em Janeiro deste ano teve um prejuízo na ordem dos 130 mil euros devido a sucessivos cortes. “A EDP, pura e simplesmente, despreza-nos. Nem sequer resposta dá. E quando dá, a culpa é sempre alheia, nunca dela”, acusa o empresário, garantindo que continua a ter prejuízos. “Ainda há três semanas tive que pagar três dias a um camião que ficou à espera que eu conseguisse acabar uma encomenda”, exemplifica.

A Nerlei tem recebido queixas das empresas, que tenta ajudar através do serviço de apoio técnico. A Direcção “está a identificar as situações, para fazer uma avaliação e pressionar a distribuidora a corrigir os problemas”, explica o presidente. José Ribeiro Vieira lamenta que a EDP seja apenas “uma espécie de serviço público, monopolista”, o que justifica que os problemas se arrastem. “Se fosse uma empresa privada, com concorrência, trataria os clientes de outra forma”, entende o dirigente, para quem a empresa só consegue os lucros que apresenta “não investindo na rede”.

Os clientes têm razão. Admitimos que a qualidade do serviço não é a desejável.” Maria Antónia Fonseca, do gabinete de comunicação da EDP Distribuição, garante contudo que a empresa vai investir em novas tecnologias para evitar, nomeadamente, o roubo de cobre que tem deixado a zona da Moita/Martingança às escuras. Por outro lado, a nova subestação a construir no Casal da Areia vai permitir “melhorar o abastecimento” a esta zona. Quando à Barosa, garante que a EDP Distribuição, em parceira com a Nerlei, está a identificar as zonas mais sensíveis, para introduzir melhorias na rede. Com estes investimentos, que deverão avançar em 2010, a responsável acredita que os problemas ficarão resolvidos.

Anteontem, cerca de 5000 mil clientes do Coimbrão, Vieira de Leiria e Marinha Grande ficaram sem electricidade durante hora e meia, devido a um “curto-circuito num posto de transformação” segundo avançou a TVI.

fonte: http://www.jornaldeleiria.pt/

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