A Comissão que integra as Câmaras Municipais de Santiago do Cacém vai pedir uma audiência ao Ministro das Obras Públicas para o sensibilizar para a necessidade de ser encontrada uma alternativa à ligação ferroviária de transporte de mercadorias Sines-Grândola, proposta pela REFER.
A Comissão que integra as Câmaras Municipais de Santiago do Cacém, Grândola e Beja, o Núcleo Regional do Litoral Alentejano da Quercus e ainda a Associação Protectora do Montado Contra a Ferrovia Relvas Verdes, Grândola Norte, vai pedir uma audiência ao novo Ministro das Obras Públicas para o sensibilizar para a necessidade de ser encontrada uma alternativa à ligação ferroviária de transporte de mercadorias Sines-Grândola, proposta pela REFER.
O anúncio foi feito pelo Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Vítor Proença depois de uma reunião que decorreu hoje, na Sala de Sessões do Município, onde foi apresentada a alguns responsáveis da REFER uma alternativa à ligação ferroviária de transporte de mercadorias Sines – Grândola, elaborada pela equipa do professor Costa Lobo, do Instituto Superior Técnico (IST). Uma alternativa que a equipa do IST considera que irá causar "impactos ambientais muito menos gravosos" e reduzir "os custos da obra", pode ler-se na nota enviada à TVNET.
Do encontro saiu a disponibilidade do director de construção da REFER de sensibilizar a administração para a necessidade de serem apreciadas outras alternativas.
Vítor Proença disse no final do encontro que "a solução da REFER conduz à destruição de cerca de 7 mil sobreiros, vai passar a 250 metros do Hospital do Litoral alentejano, vai condicionar o Badoca Safari Park, vai destruir propriedades e os recursos das pessoas e do ponto de vista das receitas vai penalizar o Litoral que é uma zona de excelência ambiental e turística e ter uma linha de ferrovia a passar entre a cidade de Santo André e de Santiago é um entrave à atracção turística".
"Seria conveniente estudar, como alternativa, uma solução de ligação Sines/Ermidas-Sado, através da Serra de Grândola/Cercal, a qual, previsivelmente, causaria impactes ambientais muito menos gravosos", defende o IST, que estima que "o aproveitamento do actual espaço-canal da Linha do Sul" tem "menor extensão" e "menores custos de minimização de impactes ambientais e urbanísticos". Isto pode levar à "redução de custos" face à proposta da REFER.
A proposta da equipa, liderada pelo professor Costa Lobo, prevê um valor de obra de cerca de 100 milhões de euros, ou seja, menos 70 milhões do que o custo estimado pela REFER, revela o comunicado.
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